João Alberto Pinto Basto recebe o Prémio “Fé e Liberdade 2019”

João Alberto Pinto Basto é o vencedor do Prémio Fé e Liberdade atribuído pelo Instituto de Estudos Políticos da Universidade Católica

1821

Tive uma grande surpresa quando me comunicaram esta distinção, pois estava bem longe de poder imaginá-la, mas confesso que estou muito agradecido porque me fez olhar para a minha vida e ver como o Espírito Santo me tem amparado e conduzido
POR JOÃO ALBERTO PINTO BASTO

Começo, antes de mais, por agradecer à Direcção do Instituto de Estudos Políticos da Universidade Católica Portuguesa este prémio que recebo com muita gratidão e alegria.

Ao Prof. Doutor Manuel Braga da Cruz, muito agradeço as suas palavras com a marca da amizade que nos liga.

Tive uma grande surpresa quando me comunicaram esta distinção, pois estava bem longe de poder imaginá-la, mas confesso que estou muito agradecido porque me fez olhar para a minha vida e ver como o Espírito Santo me tem amparado e conduzido

Fui percebendo que a minha vida de Fé é um caminho que tenho vindo a percorrer levado pelo sopro do Espírito Santo. Os acontecimentos que tenho vivido, e que me sucedem, em geral, de forma inesperada, vejo-os como meios de que Deus se serve para crescimento em Fé e Liberdade.

A minha experiência cristã consciente começou no colégio, habitualmente conhecido pelo colégio das Caldinhas ou dos jesuítas, próximo de Santo Tirso.

Uma circunstância que teve grande importância para a minha fé cristã e para a minha liberdade interior, foi a minha relação com a Vista Alegre. Trata-se de uma relação onde se deram muitos acontecimentos, mas que me proporcionou também um contacto estreito e prático com o mundo empresarial, o que foi de grande utilidade, quando mais tarde servi a ACEGE.

Nasci numa casa da aldeia industrial da Vista Alegre, como meu Avô gostava de a chamar (o meu Pai trabalhava na Vista Alegre nessa altura).

A Vista Alegre que foi fundada em 1824 por José Ferreira Pinto Basto atingiu ao longo do séc. XIX grande notoriedade. Assumiu o primado da indústria cerâmica e ocupou um lugar de honra na indústria nacional. Porém, no início do séc. XX a Vista Alegre atravessava uma conjuntura difícil.

A fábrica fora construída num tempo em que não se dava ainda importância às instalações e duas empresas concorrentes, com amplas oficinas e maquinaria moderna, haviam surgido entretanto. Nesta conjuntura, era preciso acudir á Vista Alegre, de forma rápida e eficaz.

Seria inépcia não aproveitar os elementos que a Vista Alegre possuía: – O seu pessoal; o potencial técnico armazenado em tantos anos de experiências, a sua marca, e as suas tradições. Era imprescindível modernizá-la e desenvolvê-la. Faltava apenas um impulso vigoroso.

João Theodoro Ferreira Pinto Basto, (meu avô), seu principal responsável, durante os anos que vão desde 1922 a 1947, dotado de um génio organizador e com uma enorme capacidade de trabalho, soube dar o impulso que faltava à Vista Alegre.

Tudo foi renovado, modernizado e devidamente equipado, como se pode ver ainda hoje, pela fachada da fábrica.

O primado da pessoa na empresa, foi sempre uma das principais preocupações do meu avô. Algumas vezes o ouvi dizer quando se referia aos operários: não basta pagar o salário justo, é preciso também respeitar a dignidade de quem trabalha e apreciar o desempenho de cada um. Habitualmente, ele dava uma volta pela fábrica, aproveitando para se abeirar e dar uma palavra aos operários.

Construíram-se novas casas para os trabalhadores, terminando-se assim a aldeia industrial que ele projectara. Na generalidade, todas as casas possuíam um pequeno jardim e horta, para que depois do trabalho na fábrica, as pessoas, ao chegar a casa se pudessem ocupar de algo bem diferente.

Uma creche e um novo teatro foram construídos e neste, várias peças foram lá representadas, tendo como actores o pessoal da fábrica.

No campo assistencial foram tomadas muitas iniciativas, representando estas, grande novidade para a época. O culto e a educação moral e religiosa estavam a cargo do capelão, coadjuvado por outras pessoas dali.

Quando em 1947, João Theodoro Ferreira Pinto Basto, se retirou, depois de ter realizado, durante 25 anos, um trabalho notável, a Vista Alegre, que sofrera uma grande remodelação e forte expansão, adquirindo as duas unidades fabris, suas concorrentes, continuava a manter a sua característica de ser uma comunidade de pessoas em que existia uma grande unidade de esforços entre dirigentes e dirigidos.

Muita da sua loiça era exportada, mas dizia-se que em cada casa portuguesa, desde a mais faustosa à mais modesta, havia peças com marca V.A.

A pessoa do meu Avô e a sua obra que sempre muito admirei, ocupam ainda hoje em mim, um lugar importante.

Quando terminei o liceu pôs-se o problema da escolha do curso superior que deveria tirar. Para mim estava claro, face ao meu desejo de ir trabalhar na Vista Alegre, que deveria tirar um curso que se ajustasse á suas actividades. Mas as conversas que fui tendo com meu Pai, (que já não trabalhava na Vista Alegre) foram-me convencendo a pôr de parte esta ideia. Então disse para comigo: já que não vou para a Vista Alegre, vou tirar um curso que me afaste dessa ideia e fui para medicina, fazendo o curso em Lisboa que correu bem.

Enquanto frequentei o curso, encontrei um grande acolhimento e apoio por parte de alunos que faziam parte do núcleo de medicina da Juventude Universitária Católica (JUC) á qual me vim associar também. Muito úteis foram para a minha formação cristã as diversas actividades em que participei organizadas pela JUC.

Quando estava a chegar ao final do curso dá-se um acontecimento inesperado. A fim de se procurar garantir que a Vista Alegre continuasse a ser dirigida por pessoas ligadas à família Pinto Basto, surge a ideia de desafiar alguns elementos mais novos, filhos de accionistas, a irem trabalhar no Grupo Vista Alegre. Tratava-se da 7ª geração da família Pinto Basto a servir sucessivamente a Vista Alegre. Eu era um dos indigitados. E aderi à ideia.

Acabei o curso de medicina, fiz a tropa no serviço de saúde militar e no dia 1 de Maio de 1958 comecei a trabalhar na Vista Alegre.

Casei e começaram a aparecer os filhos.

Receber a Belica como minha mulher e dom de Deus, assim como os nossos filhos, é um eixo central na minha vida de fé e liberdade. Acredito que tudo isto começa em casa, no casamento e na relação com os filhos. Ser marido e pai, e mais tarde avô e bisavô, foi e é, um constante exercício de confiança, generosidade e alegria, aspectos fundamentais da Fé e Liberdade.

Em Julho de 1963, levado pela simpatia e entusiasmo de um dos familiares do nosso grupo, fui a um Cursillo de Cristandade a que ele já tinha ido e tinha gostado muito.

Aí encontrei um Deus, muito próximo, um Deus Pai. E um Jesus Cristo, com inteira novidade para mim. Desde aí, Jesus Cristo, passou a ocupar um lugar muito especial na minha vida e passados tempos tornou-se para mim o Amigo por Excelência. Vejam:

Eu acredito que Deus é Pai e me ama com amor infinito, incondicional, gratuito e permanente.

Acredito que Jesus me ensina todos os dias o modo de viver feliz e de me relacionar com os outros e com o mundo

E acredito que o Espírito Santo é a presença suave que consola, dá força, anima e me acompanha.

Acredito neste Deus. Como vêem, não se pode ter melhor Amigo.

Passados cerca de 15 dias de ir ao cursillo, mais um acontecimento me sucede, recebo um postal da tropa para me apresentar nos serviços de saúde, em Lisboa. Isto passava-se no tempo da guerra. Como tinha feito a tropa como médico, disseram-me que estava mobilizado para África e dentro de três meses tinha de me apresentar no hospital militar da Beira, em Moçambique.

Podem imaginar o que senti nessa altura.

Rezei, e comecei então a pensar na melhor forma de dar a notícia a minha mulher que estava á espera do nosso 3º filho. Lá lhe disse tudo da melhor forma que pude. Ela tudo ouviu muito serenamente e no fim, muito calmamente, diz-me: como vais para Moçambique e para uma cidade, irei lá ter contigo!

E já passámos juntos, com os filhos, esse Natal na Beira.

A minha mulher também tinha feito um cursillo e muitas vezes falávamos, de como seria bom, que na Beira as pessoas pudessem ter a possibilidade de um encontro pessoal com Jesus Cristo como, nós tivéramos.

Escrevi várias vezes para Lisboa a pedir que lá fossem, mas de uma forma muito simpática diziam-me que não seria possível, porque havia muitos pedidos para a realização de cursillos em Portugal. Restava-nos rezar e rezámos.

Pois bem, passado cerca de um ano de lá estarmos, realizam-se na Beira 3 cursillos para homens e 2 cursillos para senhoras, frequentados por cerca de 250 pessoas.

Não podem imaginar a alegria que sentíamos de ver uma comunidade de tantas pessoas e de origens variadas, animadas de uma mesma e imensa alegria, resultante de passarem a conhecer, a Jesus Cristo.

É um acontecimento que jamais esqueceremos, e que muito fortaleceu e fortalece hoje ainda a nossa fé e a nossa liberdade.

Dois anos decorridos, regressámos a Portugal e recomeço a trabalhar na Vista Alegre.

É altura, agora, de me referir a quem há 60 anos me acompanha na vida e me tem ajudado tanto a manter viva a minha fé cristã e a minha liberdade. Refiro-me a minha mulher, habitualmente tratada por Belica.

Para não exceder o tempo, limitar-me-ei a focar algumas das suas preocupações e obras em que interveio, relacionadas com a evangelização.

A Belica quando falava comigo acerca destas iniciativas, começava por me apresentar sugestões. Nunca fui capaz de dizer não a qualquer sugestão sua, porque todas mereciam sempre uma reflexão que acabava habitualmente na decisão de eu a acompanhar.

Dessas actividades, menciono apenas:

– Grupos de pais a dar catequese a seus filhos e a amigos de seus filhos.

– O Grupo de Santo António, em que casais novos se reuniam e se preparavam para levarem a seus filhos ensinamentos e vivências cristãs.

Lembro-me da satisfação que ela teve quando descobriu um livro que ia ao encontro desta sua ideia, chamava-se: FAZEI DE VOSSOS FILHOS, DISCÍPULOS DE JESUS.

Hoje, há mais Grupos de Santo António animados e orientados por pessoas que fizeram parte do 1º Grupo, alguns dos quais tiveram a simpatia de aqui vir hoje. Menciono por último a nossa participação nas CVX, em CPM, etc , etc.

Quanto a mim, não posso deixar de dirigir uma palavra muito especial, ao Banco Alimentar Contra a Fome, onde sou voluntário desde longa data e que muito me tem ensinado, na prática, a ver o que é o amor aos outros, especialmente aos muito carenciados

A verdadeira fé partilhada, neste caso com a Belica, trouxe-nos a graça de, juntos, acolher e partilhar frutos.

E volto agora, embora de forma breve, aos tempos na Vista Alegre

Vivemos a revolução do 25 de Abril com as Reuniões Gerais de Trabalhadores, etc, etc. Mas aqui, devido á forma como sempre tratámos os trabalhadores e à relação de confiança existente entre todos, foi possível passar por esses difíceis momentos sabendo que, acima de toda a nossa capacidade de gestão, se podia contar sempre com Jesus Cristo, o Amigo por excelência.

Ao fim de 22 anos de trabalhar na Vista Alegre, acabei por ser escolhido para assumir a presidência da empresa. Decisão difícil para mim.

Foi nessa altura que fui convidado a participar num curso de evangelização, onde fui confrontado com a certeza de que Jesus é o Senhor, especialmente, que Jesus é o meu Senhor e com a certeza de que tudo é possível fazer com Ele. A participação neste curso muito me ajudou a ganhar a força e a liberdade para assumir a presidência da empresa e a começar uma nova fase da minha vida, numa nova área de actuação, que teve a duração de 17 anos.

17 anos, em que procurei servir a Jesus, o meu Senhor, que está sempre pronto a ajudar e que tudo pode. Sempre contei e conto com a sua ajuda. Então as minhas fragilidades e medos atenuavam-se e a minha confiança fortalecia-se. Tudo o que possa ter feito de bom, tenho plena consciência, que é a Ele que tudo devo.

Procurei ter sempre presente e viver o mandamento novo que Ele nos deixou, o mandamento do amor. Sabia que servindo assim a Jesus, o meu Senhor, essa seria a melhor forma de servir a empresa e os outros, especialmente quem nela trabalhava ou a ela estava ligado.

Quando preparava a minha saída da Vista Alegre, surge uma divisão no seio dos accionistas ligados á família. Foram três duros anos de relação entre a família accionista, muitas horas mal dormidas, e muita oração, onde sempre pedi a Deus que nos ajudasse a encontrar uma solução que criasse a Paz e o Perdão entre todos.

Finalmente encontrou-se a solução, que passava por uma espécie de leilão e em que o grupo, ao qual eu estava ligado, perdeu por uma diferença ínfima.

E assim deixei a empresa com paz e em verdadeiro espírito de perdão.

Estava lavrado o terreno fértil para o tempo que se seguia:

 

O TEMPO DA ACEGE

Começo por recordar o pequeno grupo de empresários de Coimbra, do qual o meu Pai fazia parte, acompanhados pelo Assistente Eclesiástico, Monsenhor João Evangelista, e que em 1952, com o apoio do presidente da sua congénere italiana, fundaram a (UCIDT) – União Católica dos Industriais e Dirigentes de Trabalho

Conscientes de que a sociedade civil tem um papel essencial a desempenhar, como nos refere a Doutrina Social da Igreja, o entusiasmo e alegria deste grupo centrava a sua missão, como referia o fundador Horácio de Moura, em “ travar uma luta no coração dos homens, dos homens que são responsáveis no campo do trabalho, sabendo que o problema social dos nossos dias, é o problema do homem e que Cristo, o nosso chefe, não nos trouxe nem planos, nem fórmulas; contentou-se em falar do Amor”. Estávamos em 1952, vejam como estas palavras continuam actuais.

Já com a sede transferida para Lisboa, a UCIDT na década de 60 atravessou um período áureo. Desenvolveu várias actividades e teve como seus associados líderes de empresas com grande expressão em Portugal, que a serviram de alma e coração.

Seguiu-se um período muito difícil e prolongado, quase que faz lembrar o tempo das catacumbas. A UCIDT não sucumbiu porque como disse o seu Bispo, quando a ela “nasceu “: Tudo o que nasce em Fátima sobreviverá”, e ainda graças à fé e grande esperança de Monsenhor João Evangelista e de António Mardel Correia.

Em 1995 constituiu-se uma nova direcção, e eu entrei ao seu serviço. Procedeu-se á revisão dos Estatutos nos quais foi introduzida a designação de ACEGE (Associação Cristã de Empresários e Gestores) e, definiu-se a sua VISÂO.

Vejamos algumas passagens então contidas na VISÂO da ACEGE: “A ACEGE é uma associação de homens e mulheres de empresa, que partilham entre si valores cristãos e procuram aplicá-los no desenvolvimento da sua vida profissional”… e mais adiante….Queremos ser uma referência moral na sociedade portuguesa, contribuindo, através de uma atitude frontal de afirmação e esclarecimento, para fortalecer a sociedade civil, ajudando a difundir uma cultura de responsabilidade”.

Para se atingir estes objectivos, definiram-se periodicamente planos estratégicos e desenvolveram-se várias actividades, como almoços mensais, grupos de reflexão, ciclos de debates, programas de rádio e televisão, estudos de opinião, noticiários e colunas em jornais e a realização de congressos nacionais que nas suas sessões de abertura enchiam de pessoas, a sala principal do Centro Cultural de Belém.

É com a maior justiça que recordo o Conselho de Patrocinadores, formado por presidentes de algumas das mais influentes empresas portuguesas. Lembro-o, pela sua aposta, colaboração e contribuição, e por ter permitido também, a tão importante independência financeira da ACEGE.

Gostava muito de passar os próximos minutos a dizer todos os nomes que marcaram e marcam a vida da ACEGE e contribuem para o bom desempenho da sua missão. Foram tantas e tão importantes cada uma dessas pessoas.

Mas a ACEGE é uma Associação de pessoas, para pessoas, por isso, muito obrigado a todos os que a fazem ser o que ela é.

Relembro ainda o desenvolvimento do Código de Ética, que sistematizou a aplicação da Doutrina Social da Igreja à realização das decisões de cada líder empresarial e procurou criar um movimento de opinião capaz de promover a vivência da ética.

Uma reflexão, que foi depois aprofundada, no mandato do António Pinto Leite, introduzindo, com clareza, que o ponto central da ética cristã é o mandamento do Amor.  Como ele referiu: “A ética cristã não se confunde com seriedade. A ética cristã vai bem mais longe. A raiz da ética cristã é o amor e por isso implica mais do que ser sério, mais do que ser competente e íntegro.

(…) E mais adiante continua ele: “o critério do amor ao próximo é um critério nuclear e extraordinariamente eficaz para uma gestão empresarial cristã”.

É por isso que vejo com o maior gosto que a ACEGE está fortemente empenhada nesta procura de Deus com grande intensidade, sendo prova desta realidade os grupos Cristo na Empresa que envolvem hoje mais de 350 líderes empresariais, em 36 grupos.

Em 36 grupos:

– Que reúnem mensalmente para debater questões profissionais à luz de Cristo.

– Que pretendem cumprir a sua missão de transformar as empresas com a presença de Cristo.

Não posso deixar de dirigir, neste momento, uma palavra de grande apreço, muita amizade e de ânimo, ao seu actual presidente, João Pedro Tavares, pelo trabalho incansável com que tem servido a ACEGE.

Que alegria é ver a ACEGE, esta comunidade de fé:

– que luta pela liberdade verdadeira,

– que luta para transformar o mundo, não através de ideologias, mas através da

acção concreta e real de cada líder, na sua organização,

– através da renovação do coração de cada profissional,

– através da humanização das empresas e da humanização de toda a sociedade.

Dou graças a Deus por tudo o que me tem permitido ver e viver.

Por tudo o que Ele foi fazendo com a minha vida, mesmo com todos os meus medos, fraquezas e erros e que agora pude recordar, tomando mais consciência da Sua presença real e transformadora.

Muito obrigado por esta distinção, que muito gostei, mas que espero que seja acima de tudo um louvor a Deus.

Que eu possa continuar a testemunhar o Seu Amor e manter-me disponível, para estar onde Deus me chama, alinhado com Ele e como instrumento da Sua capacidade de transformar o mundo em que vivemos.

 

E FICO POR AQUI

MUITO OBRIGADO PELA PRESENÇA DE TODOS