Mensagem do Presidente

18577
João Pedro Tavares - Presidente da ACEGE

 

“Irmãos,

Se Deus está por nós, quem estará contra nós? Quem poderá separar-nos do Amor de Cristo? A tribulação, a angústia, a perseguição, a morte, a nudez, o perigo ou a espada?

De facto, eu estou certo de que nem a morte nem a vida, nem os anjos, nem os principados, nem o presente, nem o futuro, nem as potestades, nem a altura, nem a profundidade nem qualquer outra criatura poderá separar-nos do amor de Deus, que se manifestou em Cristo Jesus, nosso Senhor”

Esta primeira leitura de hoje, da Carta de São Paulo aos Romanos, não poderia ser mais apropriada na confirmação daquilo que Deus sonhou para a ACEGE, através de cada um de nós, reforçando uma Aliança, uma promessa, uma presença, uma confirmação. Fico em paz por poder começar dizendo que “nada nos separará, do Amor de Deus”. Acrescentaria, porventura, apesar de nós, apesar de cairmos, apesar de errarmos, apesar dos nossos egoísmos, poderemos viver esta certeza, hoje confirmada de que, apesar de nós, “nada nos separará, do Amor de Deus”.

Este legado de procurar viver o amor de Deus e com isso o amor ao próximo como critério de Vida na nossa realidade pessoal e profissional é um desafio corajoso que nos deixa o nosso querido presidente e amigo, António Pinto Leite. Por estes dias fui revivendo tudo o que aprendi contigo, os caminhos que percorremos juntos, por este país ou em Luanda, onde partilhávamos “não te arde o coração?” quando descobrimos o desafio a que Deus nos chama? Antonio, foste o recetáculo, o servidor, o meio de que Deus se serviu para nos transmitir “O Dom, O Critério” e a partir daqui, tudo recriar, e é mais difícil viver o Amor do que viver com Paixão… E como o Espirito Santo unifica e agrega, ao longo deste caminho, outros sinais foram aparecendo, através do código de ética, dos Grupos Cristo na Empresa para séniores e para jovens, numa transgeracionalidade renovadora na ACEGE. Mas também na Igreja, com a Encíclica Caritas in Veritate onde Amor e Verdade não podem surgir de forma avulsa e desagregada. Ou ainda, a “Vocação do Lider Empresarial” ou a Economia da Partilha, … e tantas outras iniciativas também amplas como novos compromissos empresariais – nos pagamentos pontuais – ou na forma de exercício do Bem Comum. São múltiplos os sinais que dão Paz e confirmam o caminho. Foi meu privilégio ter procurado servir nestes anos na Direcção, contigo, o Nuno, o João, o Francisco, o Armindo, a Ana Paula, a Alexandra, com a ajuda do Jorge, Gonçaalo, Gabriela, Helena, Eduardo  e Catarina e o apoio dos restantes órgãos, liderados pelo Salvador e Maria Manuel. Deus está seguramente agradecido e reconhecido pela forma como nos dirigiram e guiaram mas, sobretudo, na forma como foram estando atentos às “ordens recebidas” e ao zelo posto no seu cumprimento.

 

Queridos amigos,

Procuraremos sempre beber deste bom exemplo, tão vivo e tão presente, na certeza de que “nada nos separará, do Amor de Deus”. Reconhecendo desta forma que é o próprio Cristo que nos guia e dirige é ele o Presidente e líder de todas as coisas e nós Seus servidores.

Não é um alijar de responsabilidade mas antes uma maior consciência daquilo que nos cabe e que é estarmos disponíveis, atentos, submetidos (gosto particularmente deste exercício), colocando os nossos talentos a render e não permitindo que na preguiça, egoísmo ou orgulho se enterre algum deles. Liderar é uma das mais responsabilizantes formas de serviço e é isso que Deus nos pede, que co-lideremos com Ele.

Escrevi-vos nestes dias que “Foi-me pedido que preste esse serviço, num espirito de serviço a Cristo, a cada um dos membros da nossa associação e à missão única e essencial que a ACEGE tem na sociedade encabeçando uma Direção de pessoas generosas, humildes, com espirito de serviço e inabaláveis na Fé, na Esperança e no Amor, cumprindo com a nossa Missão de “Inspirar líderes a mobilizar a comunidade para viver o Amor e a Verdade no mundo económico e empresarial”.

 

Gostaria por isso de agradecer em particular a todos os membros dos novos Orgãos Sociais que aceitaram este serviço e que generosamente se disponibilizaram, e que passarei a nomear:

Na Direcção Nacional Executiva: a Alexandra Machado Duarte Neves, a Mª Manuel Seabra da Costa, o João Ribeiro da Costa, o Pedro Rocha e Melo, o Pedro Castro e Almeida, o Armindo Monteiro e um jovem em representação da ACEGE XXI.

Na Direcção Nacional estarão ainda representados os líderes de todos os Núcleos.

No Conselho Fiscal, o Jaime Bastos, a Carla Rebelo e o Filipe Simões de Almeida.

Na Mesa da Assembleia Geral, o Salvador de Mello, a Maria Cortêz Lobão, o David Zamith, e a Teresa Magalhães Crespo Salvador.

A cada um agradeço pela vossa generosidade e testemunho. É a vossa vida e testemunho que respondem SIM.

Há outras responsabilidades e dinâmicas dentro da ACEGE, como sejam o VER, o Fundo Bem Comum, a ACEGE XXI para os nossos jovens, as iniciativas de “Pagamentos Pontuais”, de “equilíbrio família/trabalho”, a parceria com Universidades, a realidade dos Grupos “Cristo na Empresa”, o Conselho de Patrocinadores, tantas outras que envolvem um número  significativo de membros comprometidos.

Conforme vos referi, os nossos propósitos fundamentais, são 3:

 

  • Inspirar os nossos membros e os lideres empresariais
  • …Transformar a Sociedade
  • …Sustentar a Acção

 

O que significam?

 

  1. Inspirar os nossos membros e os lideres empresariais (com critérios de Gestão e Liderança Cristãos) … através dos nossos Grupos Cristo na Empresa, testemunho do que significa o “Amor como Critério de Gestão” e como isso é transformador nas vidas das nossas empresas e do nosso próximo na vida profissional; acompanhar os jovens Acege XXI nos seus desafios e dar-lhes critérios para o Caminho exigente que têm pela frente; Queremos faze-lo com proximidade e é tanto maior o desafio quanto nos propomos que o sintam em particular os nossos associados que emigraram ou ainda os que estão desempregados ou em situação mais difícil;

 

  1. …Transformar a Sociedade (ser sinal de Esperança através de iniciativas como sejam, o Fundo Bem Comum, “compromisso pagamentos pontuais”, Equilibrio Familia Trabalho, a dinamização do Código de Ética, uma nova cultura de gestão e de liderança servidora.

 

  1. …Sustentar a Acção (reforçando a nossa proposta de valor para pessoas e organizações e fazendo-o de forma sustentada e coerente), não só crescendo no numero de associados, em particular, reforçando fora de Lisboa mas também continuar a actuar em parceria com os nossos patrocinadores e com múltiplas entidades da sociedade, nomeadamente, as Associações empresariais com o propósito de continuar a chegar à PME’s, através do Programa ACONTESER). Sustentar a Acção é também ser sustentável economicamente mas fundamentalmente ser sustentável no exercício dos valores que defendemos e em que acreditamos. Aí, não abdicamos, mesmo que possamos ser economicamente frágeis como somos, não há que o esconder.

 

Tudo faremos como parte da Igreja a que pertencemos, sabendo-nos também em sua representação, nesta Missão que a própria Igreja nos delega.

Queridos amigos, há 2000 anos, os convidados foram pescadores, enquanto pescavam, ou cobradores de impostos enquanto trabalhavam. Cristo convidou os seus discípulos em contexto profissional, devolvendo-lhes uma nova dignidade e missão. É esse mesmo Cristo que hoje se cruza nas nossas vidas profissionais e nas nossas empresas. Estejamos atentos e disponíveis. Se assim o fizermos, poderemos dizer e testemunhar que “nada nos separará do Amor de Deus”. Nem a angustia, nem a nudez, nem a fome. Mas também, que não nos separe a ambição, o orgulho ou o bem-estar. Nem tão pouco o muito ter ou o melhor parecer.

É com esta Graça de Deus que hoje nos confirma no coração que nos dispomos partir para esta Missão de em tudo Amar e Servir.