ACEGE nas Empresas

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 A ACEGE – Núcleo do Porto deu o arranque para o projecto da “ACEGE na Empresa”, com a realização da primeira reunião de Empresários e Gestores do Porto, no passado dia 21 de Março, e que teve como tema a “Liderança Ética nas Empresas”, através de um testemunho de gestão empresarial, de uma vivência e “cultura”, reais, ao longo de anos.

Após uma invocação do Espírito Santo e a leitura e reflexão do Evangelho do Dia foi feita a apresentação que se iniciou com uma chamada de atenção para o facto:

A ÉTICA teria evitado a crise!

Outra chamada de atenção nas palavras do Presidente da República que chamou a atenção, no contexto da actual crise económica mundial, para a necessidade de Empresários e Gestores pautarem a sua actuação por Padrões Éticos, seja no plano profissional, seja no plano pessoal, considerando que foi justamente a ausência destes “princípios” de comportamento que esteve na base, em larga medida, da difícil situação económica e social que o mundo atravessa. Ou, pelo Coeficiente de Gini, com a OCDE a confirmar em Portugal, a saber:

 “Os ricos estão mais ricos e os pobres mais pobres”!

“A desigualdade continua a aumentar em Portugal”!

A Liderança Ética nas Empresas, como uma “cultura” de vida continuada onde num ambiente de empresa Familiar, o de seguir as linhas de pensamento do seu Fundador, como exemplo para toda uma equipa numa actividade de trabalho humano e seguindo os valores da Ética Comercial.

Num contraponto com grupos onde a ganância ou o lucro rápido podem levar ao aumento do desemprego o grupo da Micro e PME´s, donos do dinheiro, com uma orientação Familiar e para a criação de riqueza longo prazo, apontam o bem comum e pro-emprego. Pode, sem dúvida, este grupo tão importante em Portugal como na Europa, ser o “investidor estratégico” numa postura de diferença, num mundo em crise: na Família, no Estado e na Empresa

A Ética não se compra, cultiva-se!

Vivemos hoje todos num mundo de mudança e é seguramente na aposta pelos Valores Éticos e Humanos, elegendo os seus Recursos Humanos como a maior valia da empresa, promovendo a valorização dos colaboradores, mobilizando talentos, promovendo uma política real de responsabilidade social, apostando na cultura de competência, técnicas e humanas e não tendo receio de partilhar a informação na empresa. Promovendo o Pagamento Pontual (ACEGE), pelo Exemplo na educação, integridade e competência, num continuado “sermos mais, tendo menos”, garantindo o futuro com sustentabilidade de longo prazo e numa liderança sem medo de partilhar o poder.

A dignidade da pessoa humana e o bem comum, numa defesa de Estratégias de Verdade, contribuindo os empresários por “fazerem bem o seu trabalho” garantindo o futuro das suas empresas e do emprego, num investimento de longo prazo na Ética, já que é seguramente o melhor dos investimentos de uma empresa!

A Cultura do Exemplo na base da Liderança Ética!

Em tempo de diálogo, nesta primeira reunião Empresarial Pro-Ética há a realçar reflexões como: a Ética como um acto de inteligência; a Sustentabilidade Ética das Profissões (exemplo: a profissão médica); estar na Ética como opção de vida, ou de Liberdade, ou da Verdade; tema da nossa crise ocidental pelo pilar demográfico e da diminuição do número de filhos; a temática grave da falta Pontualidade nos pagamentos (acção da ACEGE que deverá ser continuada e divulgada) ou, como gerir de forma Ética Comercial este tema quando confrontados com fornecimentos ao sector do Estado (não cumpridor).

Como propósito final desta histórica reunião de empresários e gestores Nortenhos foi escolhido o da “partilha da informação dentro da empresa” ou “partilhar para mobilizar”.

Como reflexão final, e num enquadramento superior do contexto da própria apresentação, de elogiar a escolha do seguinte texto retirado de encíclica Caridade na Verdade:

BENTO XVI, Caritas in Veritate, 2009, n. 40.

Apesar de os parâmetros éticos que guiam actualmente o debate sobre a responsabilidade social da empresa não serem segundo a perspectiva da doutrina social da Igreja, todos aceitáveis, é um facto que se vai difundindo cada vez mais a convicção de que a gestão da empresa não pode ter em conta unicamente os interesses dos proprietários da mesma, mas deve preocupar-se também com as outras diversas categorias de sujeitos que contribuem para a vida da empresa: os trabalhadores, os clientes, os fornecedores dos vários factores de produção, a comunidade de referimento. Nos últimos anos, notou-se o crescimento duma classe cosmopolita de gerentes, que muitas vezes respondem só às indicações dos accionistas da empresa constituídos geralmente por fundos anónimos que estabelecem de facto as suas remunerações. Todavia, hoje, há também muitos gerentes que, através de análises clarividentes, se dão conta cada vez mais dos profundos laços que a sua empresa tem com o território ou territórios, onde opera. Paulo VI convidava a avaliar seriamente o dano que a transferência de capitais para o estrangeiro, com exclusivas vantagens pessoais, pode causar à própria nação [95]. E João Paulo II advertia que investir tem sempre um significado moral, para além da economia [96].

“Foi um dia histórico: começou algo que confiamos ao futuro. Nunca se sabe o porvir das coisas que iniciamos.“

ACEGE – Núcleo do Porto.